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A Prescrição e Orientação do Exercício Físico: Princípios e Componentes Essenciais

Todo profissional de Educação Física deve estar apto a realizar uma avaliação física abrangente e, com base nessa avaliação, prescrever exercícios adequados para seus alunos. A avaliação deve ser sistemática, abarcando as características e objetivos individuais, englobando uma anamnese detalhada, a análise de fatores de risco para doenças cardíacas, a classificação de risco e a identificação de sintomas ou sinais sugestivos de problemas cardiovasculares e pulmonares. Além disso, deve incluir medidas antropométricas, testes neuromotores, avaliação metabólica, avaliação cardiorrespiratória e análise postural.

Dessa forma, a prescrição de exercícios é embasada em dados qualificados que garantem a segurança do indivíduo e a eficácia no alcance de seus objetivos.

A prescrição de exercício físico é um processo no qual um profissional de Educação Física recomenda uma série de atividades físicas específicas. Essas atividades, quando executadas de maneira sistemática e personalizada, devem levar a adaptações desejadas no organismo. Portanto, para que um programa de exercícios seja seguro e gere benefícios à saúde, é essencial planejar, organizar e orientar os estímulos físicos com base em alguns princípios fundamentais.

Ao estabelecer um programa de exercícios voltado para a saúde, é importante abordar todos os componentes relacionados à aptidão funcional: capacidade cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade. Ao fazer isso, o programa pode influenciar positivamente aspectos morfológicos, fisiológicos e psicológicos da aptidão física relacionada à saúde.

Outro aspecto relevante é que os estímulos devem seguir os três princípios biológicos que regem a relação entre esforço físico, respostas e adaptações funcionais e orgânicas. Estes são:

  1. Princípio de Sobrecarga, Progressão e Individualidade: Isso implica que, para obter melhorias musculares, o esforço deve aumentar à medida que o indivíduo se adapta aos treinos existentes. A progressão deve levar em conta as necessidades individuais de cada pessoa.
  2. Princípio da Especificidade: Esse princípio enfatiza que o treinamento deve ser projetado de acordo com as exigências específicas da atividade ou esporte praticado. Deve levar em consideração aspectos como qualidade física envolvida, sistema energético predominante e coordenação motora utilizada.
  3. Princípio de Reversibilidade: Este princípio destaca que as mudanças obtidas com o treinamento físico são transitórias. Ou seja, “o que não é utilizado, é perdido”. As adaptações funcionais, morfológicas e de desempenho físico obtidas com o treinamento retornam aos níveis iniciais após a interrupção do treinamento.

Além disso, os componentes de frequência, duração, intensidade, sequência e tipo de exercício físico também são cruciais na elaboração de programas de exercícios eficazes.

Lembre-se de que a realização de avaliações prévias e a atualização periódica dessas avaliações são elementos essenciais no desenvolvimento de um programa de exercício físico. Isso fornece informações sobre as condições reais do praticante e permite ajustar os estímulos oferecidos para otimizar os resultados.

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