portal do gestor

Gente, Gestão e Escola
A Longa Espera pelos Salvadores: Reflexões sobre a Expectativa Messiânica em Diferentes Religiões

Ao longo da história, diversas culturas e religiões têm nutrido a esperança de um salvador, um redentor que traga consigo a promessa de um mundo melhor. O texto destaca essa tradição milenar em várias crenças, desde os indianos aguardando por Kalki até os cristãos que esperam pela segunda vinda de Jesus.

A fascinante constatação de que muitas religiões compartilham essa expectativa sugere um anseio humano universal por redenção e transformação. No entanto, ao examinar os números expressos em anos de espera – 3.700, 2.600, 2.500, 2.000, 1.400, 1.300, 1.080, 1.000 – somos confrontados não apenas com a persistência dessa esperança, mas também com uma inquietante realidade: o tempo prolongado de espera.

A pergunta inevitável que surge é: por que a humanidade continua a depositar suas esperanças em salvadores que, segundo as tradições, estão atrasados há séculos? A resposta pode residir na natureza humana de buscar soluções externas para problemas complexos, em vez de enfrentar esses desafios de maneira autônoma.

A crítica expressa no texto destaca esse ponto, sugerindo que a dependência da vinda de um salvador pode, de certa forma, desencorajar as pessoas de assumirem a responsabilidade por suas ações e pelo estado do mundo. A observação irônica de que as pessoas esperam que alguém seja bom o suficiente porque, na maioria das vezes, não querem sê-lo, ressoa como um chamado à autorreflexão.

Contudo, é crucial considerar que as narrativas messiânicas muitas vezes incorporam valores fundamentais, como bondade, justiça e compaixão. Esses ideais, independentemente da espera por um redentor, podem inspirar ações positivas e transformadoras no presente.

Em última análise, a discussão sobre a espera por salvadores transcende as fronteiras religiosas, tocando em questões fundamentais sobre a natureza humana e a busca por um propósito mais elevado. Seja através da chegada de Kalki, Maitréia, Messias, Jesus, Issa, Mandi ou Hamza ibn Ali, a aspiração por um mundo melhor persiste. Resta-nos refletir sobre como podemos, enquanto indivíduos e sociedades, contribuir para essa busca incessante de bondade e justiça, independentemente de quem ou o que estejamos esperando.

Please follow and like us:
Pin Share
RSS
Follow by Email